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O que é uma pulpite?

O que é uma pulpite?

O que é uma pulpite?

A pulpite é uma inflamação do tecido pulpar, também conhecido como “nervo do dente”, que pode se manifestar de forma reversível ou irreversível, a depender do grau de comprometimento vascular, da extensão do processo infeccioso e da resposta imunológica local. Geralmente, a pulpite está associada a quadros de dor intensa e localizada, e é uma das principais causas de urgência odontológica, exigindo diagnóstico preciso e conduta clínica imediata.

Acompanhe este conteúdo da Clínica Orthos de Joinville e saiba mais sobre a pulpite!

Pulpite: Inflamação da estrutura pulpar

A polpa dentária é um tecido conjuntivo frouxo altamente vascularizado e enervado, localizado no interior da câmara pulpar e canais radiculares. A sua função é de nutrição, sensibilidade e defesa imunológica dos tecidos dentários. No entanto, por estar confinada a uma cavidade rígida e inextensível, qualquer processo inflamatório nesse espaço tende a evoluir rapidamente com aumento de pressão intrapulpar e dor intensa.

A inflamação da polpa geralmente decorre da ação de bactérias cariogênicas que penetram no tecido dentário, mas também pode ser provocada por trauma oclusal, fraturas dentárias, bruxismo ou irritações químicas causadas por procedimentos restauradores invasivos.

Tipos de pulpite: reversível e irreversível

A classificação da pulpite se baseia na extensão da inflamação e na capacidade de recuperação do tecido pulpar.

Pulpite reversível

Caracteriza-se por um processo inflamatório leve e localizado, geralmente provocado por lesões iniciais de cárie ou estímulos térmicos. A dor costuma ser transitória, desencadeada por frio ou doce, e cessa após a remoção do estímulo. Se tratada precocemente, a pulpa se recupera completamente sem necessidade de tratamento endodôntico.

Pulpite irreversível

Apresenta inflamação extensa, com destruição importante do tecido pulpar. A dor tende a ser espontânea, contínua e de difícil controle com analgésicos. Na maioria os casos, há exacerbações noturnas e irradiação da dor. O tratamento exige remoção completa da polpa por meio de terapia endodôntica (canal), uma vez que o tecido não é mais viável.

Diagnóstico clínico da pulpite

O diagnóstico da pulpite exige uma anamnese criteriosa, além de exames clínicos e complementares. A história de dor, seus fatores desencadeantes, duração e intensidade são indicativos importantes para distinguir entre as formas reversível e irreversível.

O exame clínico deve conter:

  • Inspeção visual para verificar presença de cáries profundas, restaurações infiltradas ou fraturas;
  • Percussão vertical e horizontal para avaliar inflamação periodontal associada;
  • Testes térmicos (frio e calor) para avaliar a vitalidade pulpar;
  • Teste elétrico pulpar, quando disponível, para confirmar a resposta do tecido nervoso;
  • Radiografia periapical para analisar profundidade da cárie, relação com a câmara pulpar e sinais de lesão periapical.

A percussão vertical, realizada com toques leves na superfície oclusal do dente, avalia a resposta das estruturas periapicais. Por fim, é fundamental que o dentista interprete os dados de forma integrada, pois os sintomas relatados nem sempre refletem o grau real de destruição pulpar.

Tratamento na pulpite reversível

O manejo da pulpite reversível se baseia na remoção da causa da inflamação e na proteção da polpa.

  • Remoção do tecido cariado com técnica minimamente invasiva;
  • Restauração com materiais biocompatíveis, como ionômero de vidro ou resina composta;
  • Proteção pulpar com hidróxido de cálcio, MTA ou materiais bioativos, quando há exposição iminente;
  • Acompanhamento clínico para avaliar sintomas residuais.

Quando a reversibilidade é confirmada e não há sintomas persistentes, não há necessidade de tratamento endodôntico. O foco é manter a vitalidade do dente e evitar intervenções desnecessárias.

Tratamento da pulpite irreversível

A pulpite irreversível requer intervenção endodôntica imediata, especialmente quando associada a dor aguda. O tratamento pode ser realizado em uma ou mais sessões, dependendo do caso clínico.

  • Acesso endodôntico e remoção completa da polpa necrótica ou inflamada;
  • Modelagem e desinfecção dos canais com irrigação química abundante;
  • Medicação intracanal, em alguns casos, para controle de infecção residual;
  • Obturação tridimensional dos canais radiculares;
  • Restauração definitiva com material resistente, muitas vezes com indicação de coroa protética.

Nos casos em que o paciente apresenta dor extrema, o dentista poderá optar inicialmente por uma pulpectomia de urgência (remoção da polpa e medicação) seguida de finalização em sessão posterior.

Situações especiais de pulpite

Em dentes de leite a pulpite requer avaliação criteriosa para evitar danos ao germe do dente permanente. O tratamento conservador é indicado quando possível, com pulpotomias parciais ou uso de materiais como formocresol ou MTA.

Já em casos de trauma dentário — como fraturas com exposição pulpar — a conduta dependerá do tempo decorrido, da extensão da exposição e da idade do paciente. Pulpectomias, pulpotomias ou capeamentos diretos são condutas possíveis, sempre com foco em preservar a vitalidade e integridade estrutural.

Prognóstico da pulpite

O prognóstico da pulpite está diretamente relacionado à precocidade do diagnóstico, à qualidade da intervenção realizada e à colaboração do paciente.

Na forma reversível, quando tratada adequadamente, o prognóstico é excelente, com manutenção da vitalidade pulpar. Já na forma irreversível, o sucesso depende da qualidade do tratamento do canal, controle da infecção e restauração protética posterior.

Conclusão

A pulpite é um sinal claro de que o tecido interno do dente está comprometido e precisa de atenção imediata. Ignorar esse quadro pode levar à perda da vitalidade dental e à necessidade de tratamentos mais invasivos. Por isso, buscar atendimento assim que o desconforto surgir permite intervenções mais simples, preserva a estrutura do dente e evita agravamentos.

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