Você sabe quando trocar as restaurações de amálgama? A restauração dentária é realizada pelo dentista quando o dente é afetado por cáries ou por fratura de uma cúspide ou de parte da coroa.
Nesses casos, a restauração é necessária para não comprometer a polpa dentária ou “o nervo” do dente, como também é conhecido popularmente.
Desta forma, a restauração permite o retorno do dente à sua condição funcional normal, devolvendo-lhe também a sua forma original.
Na União Europeia, o uso desse material está proibido em procedimentos odontológicos a partir de 1º de janeiro de 2025. No entanto, poderá ser utilizado em situações específicas em que o dentista o considere indispensável do ponto de vista médico, como quando outras opções de restauração não forem viáveis, conforme divulgado no portal da Istoé Dinheiro .
A proibição do uso de amálgama dentário é impulsionada principalmente por preocupações ambientais. Cerca de 50% de sua composição é formada por mercúrio, um metal pesado conhecido por ser altamente prejudicial à saúde humana e aos ecossistemas.
O mercúrio presente no amálgama não é biodegradável, representando um perigo para o meio ambiente, especialmente durante sua produção e descarte. A UE busca substituir o amálgama por materiais menos impactantes ecologicamente. Embora tenha sido amplamente utilizado por décadas devido à sua durabilidade, seu uso tem diminuído ao longo dos anos. Na Alemanha, por exemplo, apenas 2,4% das restaurações realizadas em 2022 utilizaram amálgama, e sua proibição já está em vigor desde 2024. Antes disso, a União Europeia já restringia o uso do material em jovens menores de 15 anos, gestantes e lactantes.
No Brasil, medidas restritivas também vêm sendo adotadas. Desde 2019, a Anvisa proibiu a fabricação, importação, comercialização e utilização de mercúrio em sua forma não encapsulada, seguindo os termos da Convenção de Minamata, um acordo internacional de 2013 que visa reduzir o uso de mercúrio e proteger a saúde e o meio ambiente.
Em julho de 2024, São Paulo avançou na legislação ao aprovar a proibição estadual do amálgama por meio do projeto de lei nº 1475/2023. Simultaneamente, tramita na Câmara dos Deputados um projeto para banir o uso nacional do mercúrio em odontologia. A proposta prevê restrições imediatas para grupos vulneráveis, como gestantes, lactantes, crianças menores de 14 anos e pessoas com condições de saúde específicas, além de uma transição para a proibição total em um ano.
Mas em meio a toda essa discussão ambiental, se você ainda possui restaurações de amálgama, já deve ter se questionado: Quando trocar as restaurações de amálgama? Neste post, trataremos sobre o momento certo para a troca e responderemos diversas perguntas relacionadas ao tema. Acompanhe para saber mais!
Observações importantes sobre a troca da restauração de amálgama
A substituição de uma restauração de amálgama pode ser necessária por diferentes razões, principalmente relacionadas à saúde do dente. Entre os motivos estão fraturas na restauração antiga, surgimento de novas cáries ou comprometimento da vedação. No entanto, questões estéticas, por si só, nem sempre justificam a troca.
É fundamental que a substituição de uma restauração dentária ocorra apenas quando realmente indicada. A resina, embora esteticamente mais agradável, tem menor durabilidade e pode estar mais sujeita a quebras e infiltrações, o que pode facilitar o surgimento de cáries. Além disso, trocas frequentes podem comprometer o tecido dentário saudável e até a vitalidade do dente.
Esse tipo de procedimento é mais adequado para pacientes que mantêm uma boa higiene bucal, pois a durabilidade da restauração em resina é menor em comparação ao amálgama. O amálgama ainda é recomendado para indivíduos com alto risco de cáries, dada sua maior resistência e longevidade.
A prevenção de novas cáries em dentes restaurados depende de uma rotina consistente de higiene bucal. Escovar os dentes e usar fio dental após as refeições e, principalmente, antes de dormir são hábitos indispensáveis para evitar a formação de placa bacteriana e o desenvolvimento de novas lesões.
Cada paciente apresenta necessidades únicas, e a escolha do material restaurador deve ser cuidadosamente avaliada por um profissional. Antes de optar pela troca de amálgama por resina, converse com seu dentista, esclareça todas as dúvidas e certifique-se de que a decisão seja feita com base em critérios técnicos e clínicos.
Quais são os materiais utilizados nas restaurações dentárias?
Hoje em dia, os materiais mais usados nas restaurações dentárias são as resinas, que inclusive podem ser escolhidas conforme a tonalidade de cor de dente natural do paciente, proporcionando uma estética perfeita.
Antigamente as restaurações eram feitas com um material chamado amálgama, que consiste em uma mistura de mercúrio com limalhas de metal, e possuem uma cor prateada como característica.
A cor prateada não é esteticamente bonita como as resinas que imitam a cor natural dos dentes, por esse motivo, muito pacientes optam por trocar as restaurações de amálgama antigas, que embora estejam intactas, por restaurações de resina.
Outros motivos para substituição da restauração de amálgama são a quebra, e a ocorrência de infiltrações que possam afetar a dentina e a polpa dentária.
Nesse caso, a troca é necessária e não opcional, de qualquer forma, a troca de uma restauração de amálgama por uma de resina deve ser analisada e indicada por profissional capacitado.
Isso porque diversas características devem ser consideradas, como por exemplo a extensão das restaurações, pois, em restaurações muito grandes, pode não ser recomendada a troca por resina devido à maior fragilidade do material.
Nesses casos, pode ocorrer o desgaste da resina e a perda da funcionalidade dos dentes, ocasionando desconforto na mastigação e outros problemas para o paciente.
Vantagens e Desvantagens das restaurações de Amálgama
Vale frisar que os principais componentes da restauração de amálgama são a prata, estanho e mercúrio, materiais esse que são considerados tóxicos para o organismo humano.
Essa é uma das grandes desvantagens da restauração de amálgama, embora ela tenha um baixo custo e seja mais durável e mais resistente a infiltrações por cáries do que a de resina.
Diversos estudos já foram realizados por especialistas no sentido de identificar os danos causados ao organismo pelo mercúrio presente nas restaurações de amálgama.
O mercúrio é, na verdade, o material considerado mais tóxico de todos os presentes nesse tipo de restauração, podendo causar até mesmo danos neurológicos ao paciente.
Afinal, quando trocar a restauração de amálgama?
A troca de restaurações de amálgama deve ser avaliada caso a caso, considerando fatores específicos que podem comprometer a funcionalidade ou a saúde bucal. O amálgama, composto por uma liga metálica que inclui mercúrio, é conhecido por sua durabilidade e resistência. No entanto, algumas situações indicam a necessidade de substituí-lo:
Deterioração da restauração
Quando há desgaste, fraturas ou infiltrações que comprometam a vedação, permitindo o acúmulo de bactérias e aumentando o risco de cáries secundárias.
Reações alérgicas ou sensibilidade
Em raros casos, algumas pessoas podem apresentar reações ao material ou sensibilidade contínua que justifique a substituição.
Estética
Apesar de eficaz, o amálgama possui uma aparência metálica que pode desagradar pacientes que preferem materiais estéticos, como resina composta ou porcelana.
Fraturas dentárias
A expansão ou contração do amálgama ao longo do tempo pode causar microfraturas no dente, comprometendo sua integridade.
Necessidade de tratamentos adicionais
Procedimentos como canais ou coroas podem exigir a remoção da restauração para o sucesso do tratamento.
A troca deve ser feita com cautela, pois o processo de remoção do amálgama pode liberar vapores de mercúrio. Portanto, é fundamental que o procedimento seja realizado por um profissional capacitado e com as medidas de segurança adequadas. Sempre consulte seu dentista para determinar a necessidade de substituição e discutir as opções de materiais restauradores disponíveis.
Conclusão
O melhor mesmo é evitar a ocorrência de cáries, cuidando sempre da sua higiene bucal.
Cultive hábitos como escovar os dentes e usar o fio dental após as refeições e, principalmente, antes de dormir.
Uma excelente higiene bucal é essencial para minimizar o aparecimento da placa bacteriana e, consequentemente, das cáries.
No entanto, para cada paciente é indicado um tratamento específico e a sua eficácia vai depender sempre dos cuidados pós-tratamento e de uma boa higiene bucal.
A indicação para a troca de uma restauração de amálgama pela de resina precisa sempre ser avaliada por um dentista qualificado que considere principalmente o nível de incidência de cáries do paciente.
Se você quer trocar as suas restaurações antigas de amálgama por restaurações de resina com uma cor parecida com a cor natural dos seus dentes, busque um profissional altamente qualificado e tire suas dúvidas antes de realizar a troca.
Na Clínica Orthos, temos uma equipe multidisciplinar, composta por profissionais experientes para recomendar o melhor tratamento para o seu caso.
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