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O que é feito em uma avaliação no dentista?

O que é feito em uma avaliação no dentista?

O que é feito em uma avaliação no dentista?

Você sabe o que é feito em uma avaliação no dentista? A avaliação odontológica é muito mais do que uma simples olhada nos dentes, é o ponto de partida para entender o estado atual da boca do paciente e os fatores que estão por trás de dores, incômodos estéticos ou doenças silenciosas. A avaliação no dentista envolve várias etapas que se complementam para traçar um diagnóstico preciso e personalizado. Conheça mais sobre elas a seguir!

Afinal, o que é feito em uma avaliação no dentista?

A primeira consulta com o dentista costuma levantar dúvidas, principalmente quando o paciente está há algum tempo sem acompanhamento ou apresenta alguma queixa. Afinal, o que exatamente é feito numa avaliação odontológica? Apenas uma “olhadinha rápida”? Ou há todo um processo mais aprofundado por trás do diagnóstico?

A verdade é que a avaliação clínica serve para mapear a saúde bucal de forma precisa e segura. Não é um procedimento padrão e automático — pelo contrário, cada atendimento é conduzido com base na história, nas queixas e nas particularidades de cada pessoa. E quanto mais completo for esse momento, maiores as chances de sucesso em qualquer tratamento que venha depois.

Tudo começa pela escuta: Anamnese

Antes de qualquer exame físico, o dentista precisa ouvir o paciente. Essa conversa inicial, chamada de anamnese, vai muito além de perguntar “onde está doendo”. Ela inclui uma série de questionamentos sobre saúde geral, doenças crônicas (como diabetes, hipertensão, gastrite), uso contínuo de medicamentos, cirurgias passadas, alergias, hábitos alimentares, consumo de álcool, tabagismo, sono, ronco, bruxismo e até questões emocionais, como estresse ou ansiedade.

A anamnese é, portanto, um levantamento é essencial porque muitos sinais que aparecem na boca têm origem em outros sistemas do corpo. Um paciente que relata refluxo, por exemplo, pode apresentar erosão no esmalte dos dentes sem nem perceber. Já alguém que dorme mal ou vive apertando os dentes durante o dia pode ter dores de cabeça constantes ou sensibilidade ao mastigar.

A anamnese também ajuda o profissional a decidir quais exames devem ser feitos e a interpretar melhor o que será encontrado na boca, e é nesse momento que o paciente deve aproveitar para contar tudo o que julgar relevante, mesmo que não pareça ter ligação com os dentes.

Exame clínico

Encerrada a conversa inicial, o dentista parte para a avaliação visual e tátil da boca. Ele observa cada dente com atenção, examina as gengivas, a língua, o céu da boca, o freio labial, a mucosa das bochechas e verifica a presença de lesões, sangramentos, placas bacterianas, acúmulo de tártaro, mobilidade dental ou retração gengival. Também analisa o formato da mordida, os contatos entre os dentes e o funcionamento da articulação da mandíbula (ATM).

Se houver queixas específicas, como dor ao mastigar ou sensibilidade ao frio, o profissional pode realizar testes específicos — como percussão com instrumentos leves, aplicação de calor ou frio e até o uso de uma lâmina de mordida para identificar o dente afetado.

Um paciente que relata dor ao mastigar apenas de um lado, por exemplo, pode estar com uma trinca imperceptível em um dente posterior. Esse tipo de lesão, muitas vezes, não aparece em uma radiografia comum, mas pode ser percebida ao fazer pressão localizada com instrumentos clínicos.

Fotografias: um recurso importantíssimo para diagnóstico e acompanhamento

As imagens intraorais e extraorais não são apenas registros estéticos. Elas ajudam o dentista a analisar simetrias, proporções faciais, condições gengivais, coloração dos dentes, retrações, infiltrações e até a maneira como os dentes se encaixam ao sorrir ou morder.

Além disso, permitem que o paciente visualize o que está acontecendo. Muitas pessoas só entendem a extensão de uma cárie, por exemplo, quando veem a imagem ampliada. As fotos também são úteis para comparações futuras e acompanhamento da evolução do tratamento.

Escaneamento digital: moldagem moderna e precisa

Com a tecnologia atual, muitos consultórios substituíram o desconforto das moldagens com massa por escaneamentos digitais. Através de um scanner intraoral, é possível mapear em poucos minutos a anatomia completa da boca, criando um modelo 3D das arcadas dentárias.

Esse modelo é usado tanto para análise clínica quanto para guiar tratamentos — desde a confecção de lentes de contato dentais até o planejamento ortodôntico com alinhadores invisíveis. Também permite avaliar oclusão (como os dentes se encaixam) e desgastes que muitas vezes passam despercebidos ao olho nu.

Imagine um paciente que nunca usou aparelho, mas percebe que os dentes estão desalinhando. Um escaneamento pode mostrar movimentações dentárias discretas causadas por perda óssea ou bruxismo noturno, permitindo uma intervenção precoce antes que o problema avance.

Exames complementares: radiografias e tomografias

Em alguns casos, o dentista precisa olhar além da superfície. Radiografias periapicais, panorâmicas ou tomografias computadorizadas revelam raízes, canais, dentes inclusos, perda óssea, lesões internas, infecções ocultas ou cistos. Esses exames são fundamentais para planejamentos mais complexos, como implantes, cirurgias ou tratamentos endodônticos (canal).

Planejamento: clareza, personalização e objetivos reais

Depois de reunir todas as informações, o dentista organiza um plano de tratamento, começando com a explicação das etapas necessárias, os cuidados envolvidos, os prazos estimados e os custos. Cada planejamento é único, e envolve desde uma simples limpeza com orientações de higiene até um processo mais longo de reabilitação estética e funcional. Ou seja, é uma organização técnica e lógica, baseada na evidência clínica, na previsibilidade dos resultados e na individualidade do paciente. Trata-se de transformar o diagnóstico em conduta. E, para isso, o profissional considera critérios biológicos, estéticos, funcionais e até comportamentais.

Exemplos de Planejamento do tratamento odontológico

Exemplo 1

Imagine um paciente que perdeu dois dentes posteriores inferiores e apresenta mobilidade nos dentes vizinhos. O escaneamento revelou colapso da oclusão e perda óssea severa em região de molares. A tomografia mostra espessura óssea insuficiente para instalação direta de implantes.

  • Primeiro, é preciso estabilizar o quadro periodontal com raspagens supra e subgengivais e reavaliação de índice de sangramento;
  • Em seguida, pode-se propor enxerto ósseo guiado (GBR – Guided Bone Regeneration) com membrana reabsorvível para ganho vertical e horizontal;
  • Após a osseointegração do enxerto, vem a instalação dos implantes e, finalmente, a confecção das próteses sobre implante, levando em conta o eixo de inserção e a função mastigatória;
  • Tudo isso alinhado à reeducação de higiene oral e manutenção periódica a cada 4 meses.

Nesse exemplo, o planejamento não se limita a “colocar implante”. Ele considera tempo biológico, controle de fatores de risco, estabilidade oclusal e capacidade de manutenção pelo paciente.

Exemplo 2: planejamento estético com alinhadores invisíveis

Uma paciente adulta, insatisfeita com a rotação dos incisivos superiores e a inclinação dos inferiores, procura uma solução estética, mas sem aparelhos metálicos. O escaneamento 3D é enviado para um software de planejamento ortodôntico digital.

Planejamento

  • O ortodontista define a movimentação dentária em etapas, com uso de attachments estratégicos para rotação e inclinação.
  • Estima-se o uso de 22 alinhadores, trocados semanalmente.
  • No meio do tratamento, está prevista uma reavaliação e possível refinamento (fase extra com novos alinhadores para pequenos ajustes).
  • A contenção será feita com contenção fixa inferior e placa superior removível.
  • Paralelamente, é proposto um clareamento supervisionado, programado para iniciar na oitava semana, quando os dentes já estarão mais alinhados.

Aqui, o planejamento cruza ortodontia, estética e função, de forma previsível, mensurável e com comunicação clara para a paciente desde o início.

Fatores que influenciam o planejamento

Além do diagnóstico técnico, o dentista precisa considerar outros fatores para montar o plano de ação:

  • Tempo do paciente: há casos que permitem soluções imediatas, outros que exigem fases e prazos biológicos;
  • Condições sistêmicas: um paciente imunossuprimido, diabético descompensado ou com uso de bifosfonatos requer adaptações em cirurgias e tempo de cicatrização;
  • Hábitos e rotina: pacientes bruxômanos ou com padrão de apertamento precisam de placas miorrelaxantes e ajustes oclusais;
  • Capacidade de manutenção: tratamentos estéticos extensos perdem sentido se o paciente não tiver rotina de higiene adequada ou acesso a manutenção periódica.

Planejamento reverso: quando se começa pelo resultado final

Em casos de procedimentos estéticos ou reabilitadores, é comum utilizar o planejamento reverso: o dentista projeta primeiro o resultado ideal — estético, funcional e fonético — e só depois define o que será necessário para chegar até lá.

Um exemplo clássico é o mock-up: uma prévia em resina do novo sorriso, feita sobre os dentes naturais, que permite ajustes de formato e proporção antes de qualquer desgaste. O paciente participa ativamente, experimenta o sorriso, e o plano de tratamento é adaptado com base nesse protótipo.

Integração entre especialidades

Muitos planejamentos exigem interdisciplinaridade. Não é raro um caso passar por periodontia, ortodontia, prótese e estética. E essa integração precisa ser orquestrada com clareza.

Imagine um paciente que precisa de laminados cerâmicos, mas apresenta diastemas, retração gengival e linha de sorriso alta. Não basta colar facetas. É preciso:

  1. Corrigir a posição dos dentes com ortodontia;
  2. Realizar plástica gengival para harmonizar o contorno;
  3. Avaliar a cor ideal com o paciente em mock-up;
  4. Finalmente, confeccionar as lâminas com espessura mínima, respeitando a estrutura dental.

Tudo isso só é possível com planejamento sequenciado, cronograma definido e comunicação transparente com o paciente.

Planejamento é clareza

Um ponto importante: o planejamento odontológico não é um “pacote de tratamentos”. Ele não existe para empurrar procedimentos, mas para tornar o diagnóstico compreensível e o tratamento viável.

Um bom plano explica:

  • o que precisa ser feito;
  • por que precisa ser feito;
  • o que pode ser adiado;
  • o que não pode ser ignorado;
  • e o que depende de escolhas do próprio paciente.

E tudo isso deve vir acompanhado de imagens, simulações, exames e tempo para o paciente pensar, perguntar e decidir.

O importante é que o paciente entenda o que será feito e por quê. Um bom planejamento não impõe decisões, mas constrói junto com o paciente um caminho claro, sem promessas irreais e com espaço para dúvidas.

Como se preparar para uma avaliação odontológica?

Embora o dentista conduza toda a consulta, o paciente também pode (e deve) se preparar e fazer algumas perguntas que o ajudem a compreender melhor o seu tratamento:

  • Leve anotações de sintomas, dúvidas ou desconfortos recentes, mesmo que pareçam pequenos;
  • Informe com clareza quais medicamentos você toma e se tem histórico de alergias;
  • Se já teve tratamentos odontológicos anteriores, leve exames antigos ou relatórios, caso tenha;
  • Evite consumir alimentos ou bebidas com pigmentação forte (como café ou açaí) logo antes da consulta, pois isso pode dificultar a análise visual;
  • Não vá com pressa: uma boa avaliação exige tempo e atenção.

O que perguntar durante a avaliação?

Não hesite em perguntar coisas do tipo:

  • Qual a causa provável do meu sintoma?
  • O que pode acontecer se eu não tratar agora?
  • Existem alternativas mais simples ou menos invasivas?
  • Qual a durabilidade do tratamento proposto?
  • Como posso evitar esse problema no futuro?

Conclusão

A consulta de avaliação marca o ponto de partida para qualquer cuidado odontológico consistente. É nesse momento que o dentista cruza observação clínica, tecnologia de ponta e uma escuta detalhada para compreender não só o estado da boca, mas também o contexto de saúde e rotina do paciente. Longe de ser um ritual protocolar, essa etapa é construída com atenção e estratégia: aqui se conectam as queixas do paciente, as descobertas do exame e as possibilidades terapêuticas que a odontologia oferece. Quando bem conduzida, ela evita improvisos, reduz riscos e transforma o tratamento em algo claro, planejado e possível.

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