Você sabia que a ansiedade tem relação com o bruxismo? O stress do dia a dia, os traumas e outros fatores, afetam cada pessoa de forma diferente, esses fatores somados ao acúmulo de tarefas profissionais e pessoais e a preocupação com problemas futuros tem levado cada vez mais pessoas a apresentarem quadros agudos de ansiedade.
Sim, o bruxismo, caracterizado pelo apertar ou ranger dos dentes, tem uma relação direta com a ansiedade, que aliás é considerada um dos principais fatores desencadeantes dessa condição. Sob situações de estresse ou tensão emocional, o corpo tende a acumular tensão muscular, e essa resposta pode se manifestar involuntariamente na mandíbula durante o dia e especialmente durante o sono.
A ansiedade crônica pode intensificar o bruxismo diurno e noturno, pois estados mentais agitados dificultam o relaxamento, aumentando a atividade neuromuscular mesmo em repouso. Durante o dia, o bruxismo pode surgir como um hábito inconsciente de lidar com preocupações, funcionando quase como uma válvula de escape para o estresse acumulado.
Essa conexão ressalta a importância de abordar tanto o bruxismo quanto a ansiedade de forma integrada, utilizando práticas como técnicas de relaxamento, psicoterapia ou até intervenções odontológicas, como placas de mordida, para minimizar os impactos físicos e emocionais dessa condição.
Neste post, vamos abordar a relação entre o Bruxismo e a Ansiedade e qual a melhor forma de resolver esses problemas! Acompanhe a leitura!
O que é Bruxismo?
O Bruxismo é o hábito involuntário de ranger os dentes. Esse hábito é muito prejudicial à saúde da sua boca, portanto, deve ser tratado com aparelho específico para esse problema, antes que ele se agrave.
Tendo em vista que o paciente não tem controle sobre o ato de pressionar os dentes contra a estrutura dentária, ato que geralmente, se intensifica durante o sono, as dores começam a aparecer.
Outro momento em que esse ato se repete, é durante as crises agudas de ansiedade, mas mesmo o paciente estando acordado, ele geralmente não percebe que está pressionando, rangendo os dentes ou ainda tensionando a região da mandíbula.
Por que o bruxismo é prejudicial para a saúde?
Essa disfunção deve ser tratada com a ajuda de um profissional capacitado o quanto antes, pois com o passar do tempo, esse hábito de ranger os dentes, começa a prejudicar a dentição, causando desgaste, fraturas, amolecimento, e em casos mais graves, pode causar a perda dos dentes.
Além disso, se não tratado adequadamente, a tendência é que as dores se intensifiquem, tornando-se insuportáveis e afetando a vida social e profissional do paciente.
Entenda a relação entre o hábito de ranger os dentes e a ansiedade
A ansiedade afeta milhões de pessoas em todo o mundo e cada organismo reage de uma forma, como se procurasse uma válvula de escape no corpo para os problemas do dia a dia.
No caso do Bruxismo, o quadro de ansiedade desencadeia uma forte pressão sobre a região do maxilar, como um ato reflexo devido ao stress psicológico suportado pelo paciente.
Conheça os sintomas de bruxismo
O ato de ranger e pressionar os dentes acaba desencadeando outros sintomas que podem estar associados ao quadro de Bruxismo, são eles:
- Transtornos alimentares;
- Sensibilidade nos dentes;
- Dor de cabeça;
- incômodo na região da mandíbula;
- Dor de dente;
- Dor de ouvido;
- Depressão;
- Desgaste do esmalte dentário;
A avaliação de um profissional capacitado, para cada problema é fundamental. Assim, é recomendado que o paciente seja avaliado por um dentista e por um médico para obter o diagnóstico correto.
O cirurgião-dentista é o profissional indicado para diagnosticar e tratar o Bruxismo.
No entanto, o tratamento para ansiedade deve estar associado para que o paciente tenha de volta sua qualidade de vida.
Ambos os problemas devem ser tratados simultaneamente por um profissional qualificado em cada área quanto antes, a fim de evitar problemas mais graves.
Como tratar bruxismo e ansiedade?
O tratamento do bruxismo e da ansiedade deve ser multidisciplinar, abordando tanto as causas emocionais quanto os efeitos físicos.
No caso do bruxismo, o uso de placas de mordida é uma medida comum para proteger os dentes e aliviar a pressão na mandíbula. Além disso, técnicas de relaxamento muscular, como massagens ou exercícios específicos para a face, podem ajudar a reduzir a tensão. Em alguns casos, tratamentos com toxina botulínica são recomendados para relaxar os músculos da mastigação.
Para lidar com a ansiedade, a psicoterapia, especialmente abordagens como a terapia cognitivo-comportamental (TCC), é uma ferramenta eficaz. Ela ajuda a identificar gatilhos e desenvolver estratégias para lidar com o estresse. Técnicas de mindfulness, meditação e exercícios de respiração também são úteis para o relaxamento.
Em casos mais graves, o médico pode avaliar a necessidade de medicamentos ansiolíticos ou antidepressivos, sempre com acompanhamento profissional. A combinação desses cuidados ajuda a tratar as manifestações físicas do bruxismo e a reduzir a ansiedade, promovendo um bem-estar geral mais duradouro.
Qual a causa emocional do bruxismo?
A causa emocional do bruxismo está ligada à maneira como cada pessoa lida com o estresse, a ansiedade e as tensões do cotidiano. As emoções podem desencadear uma resposta inconsciente do corpo, levando ao apertar ou ranger dos dentes como uma forma de extravasar ou acumular a pressão emocional.
Sentimentos como frustração, raiva reprimida e preocupações excessivas também podem contribuir, especialmente quando não encontram uma expressão saudável. Durante o sono, por exemplo, o bruxismo pode ser uma resposta ao sistema nervoso em alerta, incapaz de relaxar completamente mesmo em momentos de descanso.
Esse vínculo ressalta a importância de compreender e gerenciar as emoções por meio de estratégias como terapia psicológica, práticas de autocuidado e atividades que promovam o relaxamento. É preciso identificar as raízes emocionais para aliviar os sintomas e prevenir o agravamento do bruxismo.
Quando o bruxismo é preocupante?
O bruxismo torna-se preocupante quando começa a gerar consequências para a saúde bucal, muscular ou geral do paciente. Os sinais de alerta mais comuns são dores frequentes na mandíbula, desgaste acentuado dos dentes, fraturas dentárias, retração gengival ou dificuldade para abrir e fechar a boca. Além disso, dores de cabeça persistentes, sensação de ouvido entupido e distúrbios do sono indicam que o problema está impactando a qualidade de vida.
Outra preocupação surge quando o bruxismo é acompanhado por níveis elevados de estresse ou ansiedade, sugerindo uma sobrecarga emocional que também exige atenção. Nesses casos, negligenciar o tratamento intensifica o problema e leva a complicações como disfunções na articulação temporomandibular (ATM).
Logo, se esses sinais estão presentes, é essencial procurar um dentista ou especialista para avaliação e tratamento. A intervenção precoce evita danos permanentes e melhora o bem-estar geral do paciente.
Quais medicamentos causam bruxismo?
Alguns medicamentos podem induzir ou intensificar o bruxismo como efeito colateral, especialmente aqueles que afetam o sistema nervoso central. Entre os mais associados estão:
- Antidepressivos: Inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS), como fluoxetina, sertralina e paroxetina, estão relacionados ao bruxismo em algumas pessoas. Acredita-se que isso ocorra devido à influência desses medicamentos sobre neurotransmissores que regulam a atividade muscular e o relaxamento;
- Antipsicóticos: Alguns medicamentos usados no tratamento de transtornos psiquiátricos, como haloperidol e risperidona, podem provocar aumento da atividade muscular involuntária, incluindo o bruxismo;
- Estimulantes: Medicamentos para o tratamento do TDAH, como metilfenidato e anfetaminas, também estão associados ao bruxismo, provavelmente devido ao aumento de tensão muscular e estimulação nervosa;
- Substâncias recreativas: Embora não sejam medicamentos prescritos, drogas estimulantes como ecstasy e cocaína podem causar ranger de dentes devido à hiperatividade neuromuscular.
Se você suspeita que algum medicamento está relacionado ao bruxismo, é importante conversar com o médico responsável. Ele pode ajustar a dose, trocar a medicação ou indicar estratégias para minimizar os efeitos colaterais, garantindo um tratamento eficaz e mais confortável.
O que faz piorar o bruxismo?
O bruxismo pode piorar devido a fatores que aumentam a tensão muscular ou estimulam o sistema nervoso, tornando-o mais difícil de controlar. Entre as principais causas de agravamento estão:
- Estresse e ansiedade: Situações de tensão emocional são grandes gatilhos, pois induzem o corpo a acumular tensão na mandíbula, especialmente à noite;
- Consumo de estimulantes: Bebidas com cafeína, como café, chá e energéticos, além de álcool e nicotina, podem exacerbar o ranger ou apertar dos dentes ao estimular o sistema nervoso;
- Privação de sono: A falta de descanso adequado pode desregular os mecanismos do corpo, aumentando episódios de bruxismo noturno;
- Problemas de oclusão dental: Dentes desalinhados ou próteses mal ajustadas podem intensificar a atividade muscular da mandíbula;
- Uso de determinados medicamentos: Antidepressivos e estimulantes podem aumentar a frequência ou a intensidade do bruxismo.
Evitar esses fatores e adotar práticas que promovam relaxamento, como alongamentos faciais, redução do consumo de estimulantes e melhora da higiene do sono, pode ajudar a reduzir o impacto do bruxismo. Procurar orientação profissional também é essencial para evitar danos mais graves.
Como se livrar do bruxismo naturalmente?
Livrar-se do bruxismo de forma natural envolve práticas que ajudam a reduzir a tensão muscular e emocional, promovendo relaxamento e equilíbrio. Algumas estratégias eficazes são:
- Gerenciar o estresse e a ansiedade: Técnicas de relaxamento, como meditação, yoga e exercícios de respiração profunda, podem aliviar a tensão acumulada e diminuir a frequência do bruxismo;
- Praticar alongamentos e massagens faciais: Movimentos suaves na região da mandíbula, do pescoço e dos ombros ajudam a liberar a tensão muscular. Massagens na área do maxilar também podem ser úteis;
- Melhorar a qualidade do sono: Estabelecer uma rotina de sono consistente e evitar estímulos como cafeína e eletrônicos antes de dormir promove um descanso mais profundo e relaxado;
- Evitar alimentos duros ou chicletes: Reduzir a carga sobre os músculos da mastigação ajuda a aliviar o esforço excessivo que pode contribuir para o bruxismo;
- Criar um ambiente relaxante: Reduzir ruídos e luzes fortes à noite, além de adotar hábitos calmantes antes de dormir, como ler ou ouvir música tranquila, pode reduzir a atividade neuromuscular involuntária.
As práticas acima, combinadas com a observação de gatilhos e sintomas, ajudam a minimizar o bruxismo. Em casos persistentes ou mais graves, é importante buscar orientação profissional para avaliar a necessidade de tratamentos complementares.
O que acontece se não tratar o bruxismo?
Se o bruxismo não for tratado, pode levar a complicações tanto para a saúde bucal quanto para o bem-estar geral. As consequências são:
- Desgaste e fraturas dentárias: O ranger constante pode causar danos permanentes ao esmalte dos dentes, levando a maior sensibilidade, cáries e até perda dentária;
- Disfunção da articulação temporomandibular (DTM): A pressão excessiva na mandíbula pode resultar em dor, estalos ao abrir ou fechar a boca e dificuldade para mastigar ou falar;
- Dores crônicas: O bruxismo pode desencadear dores de cabeça tensionais, dores na mandíbula, no pescoço e até na região dos ombros, afetando a qualidade de vida;
- Distúrbios do sono: O bruxismo noturno pode interromper o descanso, levando à fadiga, dificuldade de concentração e aumento do estresse;
- Problemas estéticos e funcionais: A retração gengival e o desgaste excessivo dos dentes podem comprometer a aparência e a funcionalidade da arcada dentária.
Deixar o bruxismo sem tratamento vai agravar esses problemas, tornando-os mais difíceis e caros de resolver. Por isso, identificar a condição cedo e adotar medidas preventivas ou terapêuticas é essencial para evitar danos permanentes.
Como parar de pressionar a mandíbula?
Parar de pressionar a mandíbula exige atenção consciente e práticas que ajudem a relaxar os músculos faciais. Algumas estratégias úteis são:
- Aumentar a consciência: Prestar atenção aos momentos em que você pressiona a mandíbula, especialmente em situações de estresse, é o primeiro passo. Técnicas como definir alarmes periódicos para verificar se está relaxando a musculatura podem ajudar;
- Relaxamento muscular: Alongamentos leves para o rosto e o pescoço e massagens na região da mandíbula aliviam a tensão acumulada. Experimente abrir e fechar a boca suavemente ou mover a mandíbula de lado a lado;
- Postura adequada: Manter uma postura relaxada e equilibrada ao trabalhar ou usar dispositivos eletrônicos reduz a sobrecarga muscular no maxilar e pescoço;
- Gestão do estresse: Incorporar práticas como meditação, respiração profunda ou yoga reduzem a tensão emocional e física.
- Evitar estímulos que aumentam a tensão: Reduzir o consumo de cafeína, evitar mastigar chicletes ou alimentos muito duros e adotar rotinas de relaxamento antes de dormir são medidas eficazes;
- Placas de relaxamento: Caso a pressão na mandíbula ocorra durante o sono, o uso de uma placa miorrelaxante indicada por um dentista é uma forma de proteger os dentes e aliviar a tensão muscular.
Adotar essas práticas consistentemente pode ajudar a reeducar a musculatura e evitar o hábito de pressionar a mandíbula, promovendo alívio a longo prazo.
O que corrige o bruxismo?
A correção do bruxismo depende da identificação das causas subjacentes e do uso de técnicas que combinem proteção dos dentes, relaxamento muscular e controle dos fatores emocionais ou físicos envolvidos. Entre as principais soluções estão:
- Placas miorrelaxantes: Dispositivos de acrílico feitos sob medida, usados durante o sono, ajudam a proteger os dentes contra o desgaste e a reduzir a tensão na mandíbula;
- Terapias de relaxamento e controle do estresse: Técnicas como meditação, yoga, exercícios de respiração e psicoterapia auxiliam no manejo das emoções que podem desencadear ou agravar o bruxismo;
- Ajustes dentários: Em casos em que o bruxismo é causado por problemas de oclusão, tratamentos odontológicos, como ajustes na mordida ou uso de aparelhos ortodônticos, podem ser necessários;
- Fisioterapia: Alongamentos, massagens na região da mandíbula e exercícios específicos orientados por fisioterapeutas ajudam a relaxar os músculos da face e do pescoço;
- Toxina botulínica: Em casos mais graves, o uso de botox pode ser recomendado para relaxar os músculos mastigatórios e reduzir a força aplicada durante o bruxismo;
- Mudanças no estilo de vida: Melhorar a qualidade do sono, evitar cafeína e álcool, e adotar uma postura adequada contribuem para minimizar os episódios de bruxismo.
O tratamento deve ser personalizado e orientado por profissionais, como dentistas e psicólogos, para garantir uma abordagem eficaz e segura.
Conclusão
O bruxismo é uma condição com múltiplas causas e que exige atenção, pois pode causar impactos na saúde bucal, muscular e emocional. Com a identificação de suas causas, aliada a estratégias como manejo do estresse, proteção dentária e ajustes no estilo de vida, é possível minimizar seus efeitos e preservar o bem-estar geral.