O enxerto ósseo geralmente é utilizado quando uma pessoa precisa de implante dentário, pois pode faltar uma parte óssea para fixar os pinos com segurança na boca do paciente.
Há 5 tipos diferentes de enxerto ósseo que podem ser colocados na arcada dentária e se adaptar completamente a ela.
Continue a leitura deste artigo e saiba mais sobre os tipos de enxerto ósseo e como ele funciona para garantir a funcionalidade e melhorar a estética dos dentes.
O que é enxerto ósseo?
O enxerto ósseo nada mais é do que uma massa óssea que pode ser de tecido natural ou fabricada artificialmente, e que é modelada e aplicada sobre uma lacuna na arcada dentária onde houve a perda de um dente.
Essa massa servirá como base para a fixação de um implante dentário, para aumentar o volume ósseo, ou seja, aumentar a altura ou espessura da base que suporta a gengiva, onde será colocado o implante, preenchendo a falta de osso e possibilitando um suporte seguro para dente artificial.
O enxerto ósseo é necessário quando há uma perda parcial ou total do osso alveolar, que dá suporte à raiz do dente.
Isso ocorre porque quando dente cai, o organismo, gradualmente, produz menos sustentação óssea no entorno do local onde estava o dente.
Por essa razão, o osso alveolar perde volume e o enxerto ósseo serve para complementar o espaço e dar suporte ao implante dentário.
Conheça agora algumas razões da perda óssea:
- Trauma;
- Envelhecimento;
- Perda de um dente;
- Doenças periodontais;
- Uso de prótese por tempo prolongado;
Quais os tipos de enxerto ósseo?
Confira agora as características de cada um dos 5 tipos de enxerto ósseo:
Autógeno
É o mais recomendado pelos dentistas por ser retirado do próprio paciente, geralmente, da mandíbula, do crânio, da região do siso ou da bacia. A quantidade de massa necessária para o tratamento influencia na escolha do local de retirada.
O procedimento de extração costuma ser simples quando o osso é retirado da mandíbula ou da região do siso.
Nesse caso, no próprio consultório, somente uma anestesia local é aplicada para a retirada óssea.
No entanto, se a massa for oriunda dos ossos maiores, como o crânio ou a bacia, é será preciso realizar o procedimento no hospital, com anestesia geral.
A principal vantagem do enxerto autógeno é que esse tipo não gera rejeição pelo organismo do paciente e reconecta o osso sem maiores gastos com materiais artificiais.
Alógeno
Nesse caso, o paciente recebe a massa óssea de um banco de tecidos. Isso acontece quando a quantidade necessária é muito alta e não é saudável retirar essa quantidade do paciente.
Nesse casos é necessária a realização de exames para saber como o paciente vai responder a esse tipo de tratamento.
A doação passa pelo mesmo processo como de doação de sangue e órgãos, por isso há uma burocracia envolvida, o que pode atrasar o procedimento.
A avaliação é mais complexa pois é preciso avaliar se o doador sofria de alguma doença crônica transmissível e ainda a compatibilidade do tecido ósseo.
Sintético
Produzido em laboratório, esse enxerto pode ser elaborado em cerâmica, hidroxiapatita sintética ou polímeros. Esses componentes são biocompatíveis e proporcionam rápida recuperação e baixo índice de rejeição, além de serem absorvidos gradualmente pelo corpo e substituídos pelo nosso organismo.
Xenógeno
Esse tipo de enxerto ósseo é originário de ossos suínos e bovinos, e é transformado em pó e não costuma ocasionar rejeição devido às suas semelhanças com a medula humana. Esse material é bastante utilizado para o enxerto no maxilar, justamente pelo fato de ser comercializado em pó.
O osso em pó pode ser utilizado em áreas em que não é possível a passagem de pedaços de osso sem que isso danifique a película do nariz, por exemplo, e confere o suporte adequado ao implante dentário;
Mistos ou combinados
Às vezes, diferentes tipos de enxertos são combinados para aproveitar as vantagens de cada um. Por exemplo, um enxerto autólogo pode ser combinado com um enxerto sintético para fornecer suporte estrutural adicional.
Conte sempre com cirurgiões dentistas capacitados e uma clínica com estrutura impecável como a Clínica Orthos de Joinville para escolher o melhor tratamento para o seu caso.
Quanto tempo dura o enxerto ósseo?
A durabilidade de um enxerto ósseo varia dependendo de vários fatores, incluindo o tipo de enxerto utilizado, a localização do enxerto, a condição inicial do osso receptor, a saúde geral do paciente e o sucesso da integração do enxerto com o osso circundante.
Desse modo, os enxertos ósseos são projetados para promover o crescimento e a regeneração do osso ao longo do tempo. O objetivo principal é que o enxerto se integre completamente com o osso circundante, fortalecendo assim a área afetada. Este processo de integração, conhecido como osteointegração, pode levar vários meses para ser concluído.
Após a integração bem-sucedida, a durabilidade do enxerto ósseo dependerá da capacidade do osso regenerado em manter sua força e estrutura ao longo do tempo. Em muitos casos, o osso regenerado é capaz de durar a vida toda do paciente. No entanto, em alguns casos, podem ocorrer complicações, como reabsorção óssea ou fraturas, que podem exigir intervenções adicionais.
Por fim, é importante notar que o acompanhamento do cirurgião-dentista regular é fundamental após um procedimento de enxerto ósseo para monitorar a integração do enxerto, a recuperação do paciente e quaisquer complicações que possam surgir. O profissional está habilitado a dar orientações específicas sobre cuidados pós-operatórios e atividades permitidas para otimizar o resultado a longo prazo do enxerto ósseo.
Pode haver rejeição do enxerto ósseo?
A rejeição de um enxerto ósseo é um fenômeno incomum. Ao contrário dos enxertos de órgãos sólidos, como rim ou coração, onde o sistema imunológico do receptor pode atacar e rejeitar o tecido do doador, os enxertos ósseos tendem a ser bem tolerados pelo corpo, especialmente se forem enxertos autólogos (retirados do próprio paciente).
No entanto, em casos de enxertos alógenos (de doador humano) ou xenógenos (de fonte animal), pode haver uma resposta imunológica contra o material do enxerto, embora seja rara. Para minimizar o risco de rejeição em enxertos alógenos ou xenógenos, esses materiais são processados para remover componentes que poderiam desencadear uma resposta imunológica. Além disso, os pacientes podem receber medicação imunossupressora para reduzir ainda mais o risco de rejeição.
No entanto, é importante ressaltar que, mesmo que a rejeição seja incomum em enxertos ósseos, outros problemas podem surgir, como infecções, reabsorção do enxerto ou falha na integração com o osso circundante. Por isso, é fundamental seguir as orientações pós-operatórias e realizar acompanhamento regular para uma recuperação adequada e minimizar quaisquer complicações potenciais.
Como fica a gengiva depois de um enxerto?
Depois de um enxerto ósseo dentário, é comum que a gengiva ao redor da área do enxerto fique inchada, sensível e possa apresentar algum sangramento nos primeiros dias após a cirurgia. À medida que a cicatrização progride, a gengiva tende a se recuperar gradualmente.
A aparência da gengiva após um enxerto ósseo pode variar dependendo de vários fatores, incluindo a extensão da cirurgia, a localização do enxerto, o tipo de tecido gengival utilizado (se houver) e a resposta individual do paciente à cirurgia. No entanto, é importante observar que, em muitos casos, a gengiva se regenera e se adapta à presença do enxerto ósseo ao longo do tempo.
A gengiva pode demorar algumas semanas para se recuperar completamente após a cirurgia de enxerto ósseo. Durante esse período, é fundamental seguir todas as instruções do cirurgião-dentista quanto aos cuidados pós-operatórios, incluindo a higiene bucal adequada, o uso de medicamentos prescritos e a realização de consultas de acompanhamento conforme necessário.
Por fim, é importante notar que, em alguns casos, pode ser necessário realizar procedimentos adicionais para moldar ou ajustar a gengiva após a cicatrização do enxerto ósseo, especialmente se o objetivo for melhorar a estética ou a função da área tratada. O cirurgião-dentista discutirá todas as opções de tratamento e expectativas de resultados com o paciente antes da cirurgia.
A cirurgia de enxerto ósseo dentário é um procedimento realizado por cirurgiões-dentistas para aumentar ou fortalecer a estrutura óssea na mandíbula ou maxila, geralmente em preparação para a colocação de implantes dentários ou para melhorar a estabilidade e a estética da dentadura.
Para que você compreenda como é feita a cirurgia de enxerto ósseo, preparamos uma visão geral do processo:
- Avaliação e planejamento: Antes da cirurgia, o cirurgião-dentista realiza uma avaliação detalhada da condição bucal do paciente, incluindo exames de imagem, como radiografias e tomografias computadorizadas, para determinar a extensão do defeito ósseo e planejar o procedimento de enxerto;
- Preparação do paciente: No dia da cirurgia, o paciente é preparado com anestesia local ou geral, dependendo da preferência do paciente e da complexidade do procedimento. Também pode ser administrada medicação pré-operatória para garantir conforto durante o procedimento;
- Acesso ao local do enxerto: O cirurgião-dentista faz uma incisão na gengiva sobre a área onde o enxerto será colocado, expondo o osso subjacente;
- Preparação do leito do enxerto: Se necessário, o cirurgião-dentista prepara o leito do enxerto removendo qualquer tecido mole ou osso danificado para criar um espaço adequado para o enxerto;
- Obtenção do enxerto: O enxerto ósseo pode ser autólogo (retirado do próprio paciente), alógeno (de um doador humano) ou sintético. Se for autólogo, o enxerto é geralmente obtido de uma área doadora intraoral, como a mandíbula, ou extraoral, como a crista ilíaca (osso do quadril). Se for alógeno ou sintético, é selecionado a partir de fontes específicas e preparado para o implante;
- Colocação do enxerto: O enxerto ósseo é então cuidadosamente posicionado no local do defeito ósseo e fixado no lugar com parafusos, pinos ou outros dispositivos de fixação;
- Fechamento da incisão: Após a colocação do enxerto, a incisão na gengiva é suturada e um curativo é aplicado sobre a área cirúrgica para auxiliar na cicatrização;
- Recuperação pós-operatória: Após a cirurgia, o paciente recebe instruções específicas sobre cuidados pós-operatórios, incluindo repouso, dieta modificada, medicação prescrita e higiene bucal adequada. O cirurgião-dentista acompanha o paciente em consultas de acompanhamento para monitorar a cicatrização, remover os pontos, se necessário, e avaliar a integração do enxerto com o osso circundante.
Lembre-se de que é fundamental seguir todas as orientações do cirurgião-dentista para garantir uma recuperação adequada e o sucesso do enxerto ósseo dentário.
Conclusão
A perda dos dentes é um problema muito comum e que demanda o uso do enxerto ósseo em muitos casos em que o paciente necessita de implante dentário.
Há diversos tipos de enxerto ósseo disponíveis conforme abordamos, para saber mais sobre eles, consulte um de nossos profissionais.
Entre em contato conosco e agende uma avaliação. Seu sorriso merece o melhor!
Ficou com alguma dúvida? Entre em contato conosco, será um prazer atendê-lo!